Salmos 73:25 A quem tenho eu no céu senão a ti? E na terra não há quem eu deseje além de ti.
Quando lemos este Salmos 73, vemos que às vezes temos algo em comum com o escritor. O que nos identifica é que às vezes fazemos como Asafe, reclamamos o tempo todo do que está ocorrendo em nossa volta e vida financeira. Reclamamos das nossas crianças, por elas não terem uma condição melhor de estudo ou alimentação, vivemos fazendo comparações o tempo todo de tudo, achamos até que estamos em pecado por não sermos ricos. Chegamos a dizer: O filho de vizinho tem tudo, estuda em um melhor colégio, está cercado de melhores roupas e brinquedos e nem servem a Deus, e eu que sirvo a Deus com toda devoção não consigo dar o mínimo necessário para os meus filhos.
Não querendo generalizar, mas às vezes falamos que os ímpios, sempre estão cercados de bens e vivem prósperos, sem se quer tomar conhecimento sobre Deus. Analisando este Salmos 73 vemos que Asafe também comentou algo como nós, sem perceber o que estava falando. Mas o escritor deste Salmos logo percebeu o seu erro em fazer tais comentários. Ele chega até comentar que estava como um animal, embrutecido quando falou tais palavras. Logo compreende que sua maior riqueza está nos céus, o seu melhor bem, não se constituía de matérias nem riquezas e sim a presença de Deus em sua vida e em sua casa. Resumindo tudo em que o que ele tinha de mais valioso era o “Senhor”. “Até que entrei no santuário e compreendi...” Salmos 73:17. Entrar no santuário significa estar na presença de Deus, pois ele é a nossa esperança e riqueza. Dele vem a vida, dele vem a nossa saúde, dele, por ele são todas as coisas.
O Senhor Jesus no evangelho de Mateus 6 :25-33 nos mostra que Deus é o nosso provedor e que não deveríamos ficarmos ociosos, com o que comer ou vestir, pois ele nos daria todas as coisas, ele nos mostra que antes deveríamos priorizar o reino de Deus. Mais porque às vezes ficamos reclamando da nossa vida e vendo a do vizinho? Porque só visualizamos benção como se fossem riquezas? A resposta é uma só: a tal “teologia da prosperidade”. Se eu não tenho nada, o culpado sou eu por não ter fé.
Hoje a teologia da prosperidade invade os lares, invade as igrejas e os programas chamados “evangélicos” e bombardeia as nossas casas com teorias que diz que eu só sou abençoado se tiver um carrão, ou uma mansão ou muito dinheiro. Só serei abençoado se eu sacrificar. De tanto ouvirmos tais mensagens acabamos acreditando que somos miseráveis e que estamos pecando por isso nos falta algo em nossa casa. É triste, mais é o que vemos nos nossos dias na televisão. Pastores que outrora, pregavam a simplicidade, agora mudaram de lado e pregam a riqueza, a glória terrena. Chegam a usarem todo o tempo de seu programa para falarem de benção materiais e do dinheiro.
Estes dias assisti a um programa bem conhecido e fiquei chocado com o que ouvi: Estávamos todos (telespectadores) sendo convocados a semear uma simples oferta de apenas R$ 1.000,00 para ganharmos muito depois. Dar sem ter condições, o “sacrifício” agora, obedecer fica pra depois.
Este Salmos 73:25 Asafe diz: A quem tenho eu no céu senão a ti? E na terra não há quem eu deseje além de ti. Também nos orienta a palavra de Deus que não devemos esperar somente nesta vida por Cristo, pois o melhor está por vir.
Se esperarmos em Cristo só nesta vida, somos os mais miseráveis de todos os homens” (I Co.15:19).
Já falei algumas vezes, e repetirei quantas vezes for preciso, não sou contra a prosperidade, pois a minha bíblia nos mostra como sermos prósperos. Mas o que está ocorrendo nestes últimos dias é que fazem mais ênfase das riquezas do que uma vida de santidade e de simplicidade. Não está dando mais audiência pregar o evangelho da simplicidade e renuncia. Hoje se o pregador, não falar de benção e dinheiro, o povo dorme nos bancos vazios das igrejas. Mensagens como arrependimento, santidade, renuncia, e perseguições não são mais ouvidas nos púlpitos nem nestes programas de televisão.
Queridos irmão jamais esqueçam que a nossa esperança e vitória vem de cima daquele que pode todas as coisas.
O nosso maior bem está nos céus, guardado onde nem a traça nem a ferrugem vão consumir. Que nunca esqueçamos desta verdade.
Em nada somos merecedores do favor divino, mas em tudo somos abençoados através da GRAÇA DIVINA. O salmista assim nos ensinou através dos versos 27,28 e 29 do salmo 104: “Sua provisão para Suas criaturas: “Todos esperam de Ti que lhes dês de comer a seu tempo. Se lhes dás, eles o recolhem; se abres a mão, eles se fartam de bens. Se ocultas o Teu rosto, eles se perturbam; se lhes cortas a respiração, morrem, e voltam ao seu pó” (Salmos 104:27-29 ).
Perceberam? Podemos observar que nem mesmo o respirar conseguimos sozinhos, o que dirá ter uma atitude que coloque Deus em situação de obrigação com a criatura!
Graça e Paz da parte do nosso Senhor Jesus Cristo.
Josiel Dias
Rio de Janeiro
Nenhum comentário:
Postar um comentário